quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Preto no limitado de M12

Olá a todos!

O meu nome é Pedro Carvalho, sou um simples e humilde jogador de magic the gathering e um dos novo escritores do blog TUGA DOJO.
Para quem não me conhece, sou português e não sou da família do Márcio Carvalho e do Paulo “Neon” Carvalho, pelo que este convite não é mais um “tacho”.
A nível de resultados a nível nacional não vou cometer o erro de falar em PTQs, FNMs e torneios locais que quase ganhei ou fiz top9, prefiro apenas que me conheçam por aquilo que vou escrever e que me considerem mais um jogador “random” português que vem dar uma ajuda neste projecto.



Esta semana vou falar sobre a cor preta no limitado de M12, o que ganhou e perdeu em relação à edição básica anterior M11, as novas estratégias, os top picks e no final irei analisar um draft de M12 que realizei desta cor.
No limitado de M12, as grandes perdas em relação ao preto foram sem dúvida a saída de Corrupt, Sign in Blood e Nantuko Shade…com uma menção honrosa para Black Knight e Liliana Specter.
Sign in blood destaca-se em relação às restantes pela possibilidade que conferia aos decks aggro algum gás adicional e permitiam a pressão constante sobre o oponente e aos decks mais vocacionados para o controlo de encontrar soluções para estabilizar a mesa ganhando algum card advantage.
Em termos de entradas, a edição ganhou um planeswalker bastante mais forte exponenciado pela mecânica bloodthirst sendo bastante superior à sua antecessora Liliana Vess.
Notou-se também pouco trabalho do departamento de Research & Development da Wizards nesta edição e no preto em concreto procurando acrescentar duas “novas” mecânicas e tentando colmatar a saída de algumas cartas com uma imitação chinesa das mesmas (por muito crédito que atribua às imitações chinesas noutros campos) com o intuito de não forçar reedições de cartas que se arrastam pelas colecções básicas do jogo.
Sorin’s Vengeance, um menos versátil Corrupt é um exemplo disso mesmo entre outros em que se denota que existem conceitos que não são inovados mas sim que sofrem um upgrade.
Para além de Sorin Markov, o bom regresso de Sengir Vampire e Consume Spirit, as novas criaturas Bloodthirst Vampire Outcast, Bloodlord of Vaasgoth, Cemetery Reaper e as cartas de remoção Wring Flesh e Sorin’s Thirst fazem da cor preta, uma das mais sólidas do limitado de M12.


Em relação à ordem dos picks, temos:

TOP 5 COMUNS e INCOMUNS
1. Doomblade
2. Sengir Vampire
3. Gravedigger
4. Vampire Outcast
5. Consume Spirit

Doomblade é e será sempre a safe choice nos primeiros picks.
Claro que quando jogamos contra decks pretos desejamos todo tipo de cartas excepto Doomblade mas é a carta preta mais versátil e o removal mais eficaz.

O regresso do Sengir Vampire veio colmatar a falha das criaturas pretas em relação às outras cores, uma criatura voadora com resistência superior a 2 que não seja mana intensive como drifting shade, juntando a habilidade adicional dos marcadores obtemos uma escolha sólida no limitado de M12, um opositor claro ao Serra Angel que faltava nesta cor.

Gravedigger, é e será sempre uma carta excelente em limitado pois é das poucas resistentes que confere uma grande profundidade ao deck, muito útil contra matchups aggro que muito proliferam nos novos arquétipos do limitado de M12.

Vampire Outcast foi uma boa adição e dos picks mais altos em M12, apesar de ser um pouco condicional devido ao bloodthirst, no arquétipo de mono black ou mesmo BR Aggro é onde poderemos tirar o maior potencial desta carta, uma possível 4/4 lifelink por 4 de mana será muito aceitável neste formato.

Consume Spirit, esta escolha é um pouco tendenciosa já que existem cartas que poderiam constar desta lista que não necessitassem de uma condição para serem jogadas mas devido ao enorme potencial dos arquétipos onde poderá jogar é considerada dos picks mais altos.


Carta mais subvalorizada: Wring Flesh.
Com o clock a ser reduzido no formato, torna os primeiros turnos cada vez mais importantes para o desfecho do jogo. Com as criaturas como Gideon Lawskeeper, Azure Mage (e os restantes Mages), Child of Night, Llanowar Elves, Merfolk Looter entre outras de maior custo de mana convertido transforma a Wring Flesh numa das cartas de remoção mais importantes do formato.



TOP 5 RARAS e MITICAS
1. Grave Titan
2. Sorin Markov
3. Bloodlord of Vaasgoth
4. Cemetery Reaper
5. Royal Assassin

Se nos três primeiros lugares, não haveremos de acrescentar muito sobre o que foi dito sobre estas cartas a 4ª e 5ª escolhas já trazem maior discussão.

Cemetery Reaper é das criaturas mais funcionais deste formato, vai muito para além do lord zombie já que a sua habilidade de remover alvos de um possível gravedigger e como gerador de zombies 3/3 ao mesmo tempo transforma esta carta numa grande ameaça e um dos grandes alvos a abater. Num possível pick 1 no pack 1 entre Doomblade e Cemetery Reaper, escolheria de animo leve o Cemetery Reaper independente do resto do pack, já que pode mesmo ser considerada uma “mini-bomba”.

Relativamente ao Royal Assassin, sempre teve lugar de destaque e a sua escolha em detrimento do Rune-Scarred Demon ou Vengeful Pharaoh é porque esta carta tem a habilidade de bloquear os ataques do oponente e ganharmos tempo para restituir o controlo da mesa mais facilmente que qualquer uma das outras cartas e por um custo de mana mais baixo ou seja a sua habilidade efectiva poderá ver resultados práticos mais rápido em jogo, também por muito dos arquétipos onde entra serem tradicionalmente de controlo.


DRAFT:









ANÁLISE DOS PICKS:


P1P1: Três possíveis escolhas: Aether Adept, Shock e Doomblade.
Analisando o resto do pack e como não haveria segundas escolhas dignas de um pick alto, cada um dos meus adversários iria pickar shock e aether adept respectivamente para cores principais ou para splashar o que me daria um bom segundo pack relativamente ao preto.
De resto o pack não é muito bom e a minha real dúvida seria entre o adept porque o merfolk até poderia fazer table e o doomblade, a melhor carta. Piquei Doomblade.

P1P2: Fiquei contente por não ter optado pelo shock e pela boa análise feita ao P1, ou seja quer Doomblade quer Aether Adept tinham-me dado uma boa continuidade.
Decidi continuar com a cor não comprometendo a decisão, já que não havia nenhuma carta no pack que me fizesse pensar o contrário e pickei Child of Night que está acima do 3/2.

P1P3: Aqui hesitei porque a aranha verde é realmente boa mas depois continuar na cor já que não queria comprometer a estratégia e mostrar que o preto estava em aberto e pickei a flyer que considero muito superior ao Onyx Mage.

P1P4: Continuo a achar inacreditável Overrun aparecer no pick 4 já que é uma bomba no formato o que só demonstra a velha teoria que o pessoal nem gosta muito de jogar com verde e também que das três pessoas à minha esquerda ninguém está a ir para verde mas se não pickei a aranha no pack anterior decidi não comprometer e dar a possibilidade de alguém à minha esquerda splashar a verde (ou seguir com verde). E quando pickei a Shade decidi que se calhar poderia ir mono black a não ser que acontecesse algum acidente.

P1P5: Depois de no primeiro e segundo picks ver o azul como possibilidade, ao ver um frost breath e drake fiquei a remoer na decisão mas mantive-me fiel à cor até porque tinha carta/s jogáveis no pack.

P1P6: Aqui estava decidido praticamente o mono black…Consume Spirit em p6 é mel.

P1P7: Gosto muito desta carta já que colabora bem com o Bloodthirst e fazer turno 1 soul, turno 2 ataque e bat 2/2 era bonito.

P1P8: Não é uma Jitte mas acelera o removal da parte do oponente já que equipado num tormented soul ou num flyer é capaz de ser complicado, um isco ou talvez não.

P1P9: Cortar a carta que poderia dar mais problemas.

P1P10: Obrigado amigos mágicos.
P1P11: Mais uma vez obrigado mas fiquei a pensar no Distress que provavelmente era o pick certo depois de passar Overruns e afins.

P1P12: Devia ter tirado o Mastodon.

P1P13: Nunca gostei muito do Diabolic Tutor e tirei a carta que o Andrea Fonseca mais gosta no limitado de M12.

P1P14 E P1P15: Irrelevante.

P2P1: Analisei o pack e depois ter passado tanto azul decidi cortar a melhor carta do pack apesar de ser renhido em relação ao Plummet pois a Shade e companhia ficavam com o caminho desimpedido. Mais tarde achei que Plummet seria uma abordagem errada e que Frost Cage entrava nas contas pelo simples facto de possuir resposta para o mage em relação ao encantamento.

P2P2: Fui saloio! Mas vi valor em constructed do terreno e errei claramente porque não fui coerente. Tinha a flyer 2/2 com hexproof ou mesmo cortar o purge seria a opção ideal.

P2P3 - P2P7: Muito bom MESMO.

P2P8: Plummet, pelas razões anteriormente anunciadas mas mesmo assim fiquei a pensar no Griffin Sentinel já que é superior às minhas flyers.

P2P9 E P2P10: Irrelevantes.

P2P11: LOL!

P2P12 – P2P15: Não se passou nada.

P3P1: Precisava de removal mas mesmo assim acho Sorin’s Thirst superior ao Call to The Grave que, no deck certo é complicado de contrariar.

P3P2 – P3P5: Tudo normal, segui a cor.

P3P6: Os skeletons são superiores e brilham em matchups de verde…errei porque pensei que precisava de mais agressividade que o 3/2 me poderia dar.

P3P7: Tirei o Act porque pensei na altura que poderia trazer problemas contra mim o factor surpresa mas mais tarde reparei que o Tormented Soul poderia ser o pick correcto pois exponenciava o turno 2 bat 2/2.

P3P8: Isto já foi estupidez ou missclick. Tinha Mind Rot óptimo para o oponente ficar sem gás e o flyer branco que é bem decente e em vez disso tiro o lord goblin sem razão aparente.

P3P9 –P3P15: Irrelevante


DECKLIST FINAL:





Espero que tenham gostado.
Agradeço as vossas criticas.

Um abraço e até à próxima!